Jorge Issao Noda
“É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite” (Lucas 9:22)
Estamos inclinados a pensar que a religião em si é algo bom. Afinal, que mal há em pessoas e organizações que procuram servir a Deus e ao próximo? Ainda que haja tanta diversidade de doutrinas e cerimônias, religiosos parecem estar comprometidos com causas superiores e espirituais. Infelizmente, nem sempre isso corresponde ao que a história revela. A religião tem sido usada para justificar todo tipo de ódio, violência, corrupção e discriminação. A instituição religiosa de Israel muitas vezes perseguiu e matou os verdadeiros profetas de Deus. Quem matou Jesus não foi a opressão política ou interesses econômicos em primeiro lugar, mas foi a religião instituída na pessoa dos líderes religiosos. A história insólita de suborno, traição e conspiração para a morte de Jesus não foi concebida nas ruas da criminalidade nem nos palácios do governo, mas no templo e nas sinagogas. Em nome da religião foi cometido o maior ato de injustiça da história. Na Idade Média, foi a igreja instituída que concebeu a terrível, mas chamada santa inquisição. Em nome de Deus, qualquer um que se opunha ao sistema era considerado herético, torturado e muitas vezes executado com requintes de crueldade. Atualmente, em nome de Alá, o terrorismo mata milhares de pessoas inocentes. Enfim, a religião pode ser o maior inimigo do próprio Deus.
Por isso, não é de estranhar que os maiores conflitos de Jesus ocorreram com a elite religiosa de sua época. O Senhor Jesus profetizou: “mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus” (Jo 16:2). Ainda que considerados pelo povo com santos e comprometidos com os mais elevados valores espirituais, muitos teólogos e pastores da época não passavam de “sepulcros caiados”, pois sua suposta religião externa só servia para encobrir uma vida de ganância, opressão, imoralidade e ódio. Sua espiritualidade consistia no culto ao ego e sua devoção era à deusa da riqueza. Seu zelo extremado pelas minúcias cerimoniais e guarda de dias sagrados os impedia de compreender o que era misericórdia ou justiça. Jesus conseguia ver nos líderes religiosos mais do que a ingenuidade do povo podia perceber. O confronto de Cristo com eles era a indignação de Deus contra aqueles que ousam falar em seu nome para fazer de produtos religiosos objetos de consumo. Jesus não poupou palavras duras e diretas contra eles, pois eram lobos vestidos de ovelhas. O Filho de Deus não acreditava que todos os caminhos levavam a Deus, nem promovia um ecumenismo que pisoteava as verdades absolutas do evangelho.
Nosso tempo não é diferente dos tempos de Jesus. Mais do que nunca estamos testemunhando o absurdo em nome de Deus. Grandes instituições religiosas promovem o mais descarado comércio da fé com a anuência do povo. A ingenuidade de muitos enche os cofres de charlatões. Doutrinas que justificam o mais crasso egoísmo e materialismo são celebradas como verdades espirituais. Celebridades professam a fé, mas se recusam a mudar de vida. A mídia veicula propaganda religiosa que viola a inteligência humana e afasta as pessoas de um verdadeiro compromisso com Deus.
Em nome do “politicamente correto” e do amor cristão somos instados a não criticar e não antagonizar essas barbáries religiosas, pois, em nome de Jesus e do seu evangelho, temos o dever de reafirmar as verdades absolutas do evangelho. Com sensibilidade e compaixão, somos chamados a alertar vidas preciosas sobre o perigo da voracidade dos lobos. Uma tolerância que nos permite ver multidões seduzidas pelo erro sem fazer nada não é amor, mas omissão do tipo mais cruel. A verdade liberta e a mentira escraviza. O Senhor Jesus nos chama a exercer discernimento espiritual e denunciar o engano religioso. O que está em jogo não é uma questão de mera opinião, mas a glória de Deus e o bem estar eterno de pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus. Certamente, tal postura poderá atrair o ódio do estabelecimento religioso, mas o caminho do evangelho é o caminho da cruz.
Você está pronto a assumir o seu papel como discípulo de Cristo? Então, pare de consumir lixo religioso, tenha discernimento espiritual, cultive compaixão por ovelhas que estão nas garras de líderes inescrupulosos, assuma o compromisso de proclamar o evangelho de Cristo e de fazer discípulos de todas as nações. Assim, você poderá olhar para trás e dizer: “Combati o bom combate... guardei a fé”.
Estamos inclinados a pensar que a religião em si é algo bom. Afinal, que mal há em pessoas e organizações que procuram servir a Deus e ao próximo? Ainda que haja tanta diversidade de doutrinas e cerimônias, religiosos parecem estar comprometidos com causas superiores e espirituais. Infelizmente, nem sempre isso corresponde ao que a história revela. A religião tem sido usada para justificar todo tipo de ódio, violência, corrupção e discriminação. A instituição religiosa de Israel muitas vezes perseguiu e matou os verdadeiros profetas de Deus. Quem matou Jesus não foi a opressão política ou interesses econômicos em primeiro lugar, mas foi a religião instituída na pessoa dos líderes religiosos. A história insólita de suborno, traição e conspiração para a morte de Jesus não foi concebida nas ruas da criminalidade nem nos palácios do governo, mas no templo e nas sinagogas. Em nome da religião foi cometido o maior ato de injustiça da história. Na Idade Média, foi a igreja instituída que concebeu a terrível, mas chamada santa inquisição. Em nome de Deus, qualquer um que se opunha ao sistema era considerado herético, torturado e muitas vezes executado com requintes de crueldade. Atualmente, em nome de Alá, o terrorismo mata milhares de pessoas inocentes. Enfim, a religião pode ser o maior inimigo do próprio Deus.
Por isso, não é de estranhar que os maiores conflitos de Jesus ocorreram com a elite religiosa de sua época. O Senhor Jesus profetizou: “mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus” (Jo 16:2). Ainda que considerados pelo povo com santos e comprometidos com os mais elevados valores espirituais, muitos teólogos e pastores da época não passavam de “sepulcros caiados”, pois sua suposta religião externa só servia para encobrir uma vida de ganância, opressão, imoralidade e ódio. Sua espiritualidade consistia no culto ao ego e sua devoção era à deusa da riqueza. Seu zelo extremado pelas minúcias cerimoniais e guarda de dias sagrados os impedia de compreender o que era misericórdia ou justiça. Jesus conseguia ver nos líderes religiosos mais do que a ingenuidade do povo podia perceber. O confronto de Cristo com eles era a indignação de Deus contra aqueles que ousam falar em seu nome para fazer de produtos religiosos objetos de consumo. Jesus não poupou palavras duras e diretas contra eles, pois eram lobos vestidos de ovelhas. O Filho de Deus não acreditava que todos os caminhos levavam a Deus, nem promovia um ecumenismo que pisoteava as verdades absolutas do evangelho.
Nosso tempo não é diferente dos tempos de Jesus. Mais do que nunca estamos testemunhando o absurdo em nome de Deus. Grandes instituições religiosas promovem o mais descarado comércio da fé com a anuência do povo. A ingenuidade de muitos enche os cofres de charlatões. Doutrinas que justificam o mais crasso egoísmo e materialismo são celebradas como verdades espirituais. Celebridades professam a fé, mas se recusam a mudar de vida. A mídia veicula propaganda religiosa que viola a inteligência humana e afasta as pessoas de um verdadeiro compromisso com Deus.
Em nome do “politicamente correto” e do amor cristão somos instados a não criticar e não antagonizar essas barbáries religiosas, pois, em nome de Jesus e do seu evangelho, temos o dever de reafirmar as verdades absolutas do evangelho. Com sensibilidade e compaixão, somos chamados a alertar vidas preciosas sobre o perigo da voracidade dos lobos. Uma tolerância que nos permite ver multidões seduzidas pelo erro sem fazer nada não é amor, mas omissão do tipo mais cruel. A verdade liberta e a mentira escraviza. O Senhor Jesus nos chama a exercer discernimento espiritual e denunciar o engano religioso. O que está em jogo não é uma questão de mera opinião, mas a glória de Deus e o bem estar eterno de pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus. Certamente, tal postura poderá atrair o ódio do estabelecimento religioso, mas o caminho do evangelho é o caminho da cruz.
Você está pronto a assumir o seu papel como discípulo de Cristo? Então, pare de consumir lixo religioso, tenha discernimento espiritual, cultive compaixão por ovelhas que estão nas garras de líderes inescrupulosos, assuma o compromisso de proclamar o evangelho de Cristo e de fazer discípulos de todas as nações. Assim, você poderá olhar para trás e dizer: “Combati o bom combate... guardei a fé”.
Texto do Rev. Jorge Issao Noda, extraído do boletim dominical da Igreja Presbiteriana de Campina Grande